Composição das versões políticas style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> O cenário político envolve a movimentação de paixões. Para tanto, fatos políticos são distorcidos e torcidos para comporem versões da realidade, úteis para candidatos. Essa lógica não é algo novo ou fruto de um novo momento, mas acompanha o transcorrer da política desde o estabelecimento da democracia. O que mais importa são, portanto, as versões da realidade construídas para manipular a opinião pública em favor do candidato A ou B. O que muda na atual conjuntura é a forma como isso ocorre, tendo em vista que as redes sociais produzem uma disseminação massiva de versões que competem no imaginário do eleitorado. Além disso, essas versões, eventualmente, brigam com a realidade fruto da famosa "fake news", que opera nos diferentes polos ideológicos. ALGORITMO E ELEIÇÃO Os algoritmos das redes sociais apresentam tendências de comportamento baseado em nossa atividade. Uma característica marcante é a hiperbolização das nossas opiniões em bolhas, dando a impressão de que todas as pessoas tem a mesma opinião que a nossa. Isto tende a gerar um traço de comportamento humano chamado "efeito manada", que está relacionado a um indivíduo dentro de um determinado contexto social reproduzir os argumentos do grupo ao qual está inserido. Portanto, se um indivíduo é bombardeado com uma mesma opinião vindo de fontes diferentes, existe uma tendência que esse indivíduo reproduza aquela opinião. Como as redes sociais tendenciam o acesso a informação para gerar engajamento, ou seja, que vejamos aquilo que gostamos pelo máximo de tempo possível para ficarmos o máximo de tempo ali e sejamos pulverizados por propagandas, tem como efeito no cenário político a polarização (o que ocorre aqui no Brasil e em boa parte do mundo). O QUE FAZER? Como não temos o poder de mudar o algoritmo das redes sociais e, tampouco, influenciar as visões políticas, é requerido do cidadão comum muito mais parcimônia e conhecimento. Cada vez mais, o papel de buscar e filtrar informações fica a cargo do indivíduo, que precisa verificar suas fontes e estudar sobre o cenário político. Em suma, para não sermos manipulados politicamente para atender a interesses de grupos políticos organizados, que se utilizam das redes sociais para disseminar desinformação, precisamos de mais educação política. Entender, por exemplo: como o sistema político é composto? Quais as regras de funcionamento da política? Sob a égide de qual modelo de presidencialismo vivemos? Todas essas perguntas, e muitas outras, são cruciais se quisermos ter um voto consciente. Caímos no velho dilema, para melhorar a política precisamos melhorar a educação. Ficamos com a questão: como vai a educação no Brasil de hoje?
|
Livros físicos ou digitais style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Nessa edição da Feira do Livro, o assunto interessante que me motivou a escrever foi a questão de livros físicos ou digitais. Notório que a leitura, independente da ferramenta utilizada, agrega conhecimentos, produz vocabulário, aumenta a criatividade e enriquece o indivíduo. Muitas pessoas da era tecnológica nem imaginam e outros nem lembram como era viver num mundo sem internet, pois a praticidade dos aparatos tecnológicos mudou a forma como se consome conteúdos, alterou a comunicação e até a forma de ler livros. Daí como os livros digitais ganharam espaço. Diante dessa realidade, o embate dos apaixonados por livros físicos com os defensores da era tecnológica toma contenda, mas penso que os dois tem suas vantagens e desvantagens, porém um único benefício: a leitura. Pessoalmente, sou adepta dos livros físicos e cheguei a ser descrente, afirmando que não gostava do livro digital e hoje também sou defensora dos livros digitais. Vale mencionar aqui que os livros digitais surgiram com um formato estabelecido, e as editoras receberam com desconfiança, porque isso poderia significar uma redução no consumo dos livros impressos. Por ora, os livros digitais representam um mercado em expansão, no entanto os padrões tradicionais de venda e publicação dos livros impressos continuam firmes. Importa dizer que os livros digitais não oferecem nenhum tipo de ameaça para os livros físicos.Percebe-se a boa conivência dos dois formatos, tanto digitais como impressos, tendo cada um seu predicado. Bom, então vamos a alguns desses pontos. Enquanto o livro digital é mais acessível, ao mesmo tempo prático e econômico, também dá chances mais fáceis a novos autores, entretanto, cada formato de mídia tem propriedades diferentes e, às vezes, se pode ir além do que é prático e econômico. Já, por sua vez o livro impresso traz uma experiência clássica, induz a criatividade, prende a atenção e imaginação, como pode ter muito valor como item de colecionador, ou como um presente, mas por vezes pode também se de difícil acesso financeiro ou de alcance de distribuição, pois distribuir um livro não é tão fácil assim. Para o leitor, a quem realmente interessa o objetivo de um autor, a decisão sobre ler o livro digital ou livro impresso é uma ação que pode depender da sua disponibilidade financeira, ou de uma condição física, a exemplo de quem tem problemas de visão ao manusear as telas, talvez espaço em casa para guardar o impresso, ou seja, depende sim das inerentes necessidades pessoais. Por isso, penso que não é preciso contendas entre os dois formatos, mas o uso conjunto, que beneficia a todos indistintamente Para aqueles que primam pelo livro impresso, podem buscar raridades ou novidades nos livros digitais, e para aqueles que manuseiam facilmente um livro digital, podem se encantar com a leitura em um livro físico. E, para terminar esta pequena abordagem, uma das citações de Bill Gattes: "É claro que meus filhos terão computadores, mas, antes, terão livros." |